Com mais de 1.700 salvamentos registrados no primeiro mês da temporada de verão 2024/25, Santa Catarina também contabiliza sete mortes por afogamento nas praias do estado, segundo levantamento do Corpo de Bombeiros.
Itapoá, no Norte do estado, é a cidade que mais registrou mortes por afogamento no primeiro mês da atual temporada de verão em SC, com três casos – Foto: Prefeitura de Itapoá/Divulgação/ND
Onde foram as mortes por afogamento confirmadas pelos bombeiros em Santa Catarina
No período entre 16 de dezembro e 15 de janeiro, o as mortes causadas por afogamento contabilizadas pelo Corpo de Bombeiros em água salgada no litoral catarinense foram:
27 de dezembro, Itapoá;
29 de dezembro, em São Francisco do Sul;
30 de dezembro, em Itapoá;
30 de dezembro, em Itapoá;
1 de janeiro, em Florianópolis;
1 de janeiro, em Garopaba;
12 de janeiro, em Florianópolis.
Na estatística, o Corpo de Bombeiros contabiliza apenas as mortes cuja causa foi confirmadamente afogamento – asfixia pela presença de água nos pulmões – e desconsidera casos em que a perícia apontou para outros fatores – quando a vítima bateu a cabeça em uma pedra, por exemplo.
A confirmação mais recente das mortes por afogamento em Santa Catarina foi no trecho da Lomba do Sabão, na Praia do Campeche, em Florianópolis, no dia 12 de janeiro – Foto: Anderson Coelho/ND
Ainda, outros quatro casos estão sob investigação:
Um pescador que desapareceu no mar no dia 10 de janeiro em Balneário Rincão;
Um jovem que morreu na praia da Joaquina, em Florianópolis, após ser arrastado pela correnteza na tarde de terça-feira (14);
Um homem que morreu após cair do costão entre as praias dos Ingleses e do Santinho, em Florianópolis, na manhã de quarta-feira (15);
Um corpo encontrado em decomposição no mar, cuja localidade não foi informada pelos bombeiros.
Grande Florianópolis e Litoral Norte registram 87% dos casos de afogamento na atual temporada de verão
No primeiro mês da temporada 2024/25 do verão catarinense, as regiões da Grande Florianópolis registraram 838 salvamentos por afogamentos, com duas mortes confirmadas – ambas em Florianópolis.
Já no Litoral Norte, além das quatro mortes por afogamento, os salva-vidas precisaram agir 749 vezes para salvar banhistas que corriam perigo no mar.
Juntas, as duas regiões registram aproximadamente 87,2% dos casos de afogamento em Santa Catarina durante o período. Segundo o Corpo de Bombeiros, os números podem ser atribuídos ao grande fluxo de turistas que frequentam essas regiões do estado – a expectativa é que SC receba 3,1 milhões de visitantes até o fim da temporada.
Sala-vidas da Grande Florianópolis e do Litoral Norte de SC têm tido bastante trabalho para evitar que o número de mortes por afogamento continue crescendo no estado – Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros/ND
Como evitar mortes por afogamento e como agir quando há perigo
Nos casos de afogamento, é importante manter a calma e contatar a emergência de forma imediata;
Peça ajuda para outra pessoa que esteja no local, e, se conseguir, jogue um material para que a pessoa que esteja se afogando consiga flutuar, como uma prancha de surfe;
Se a pessoa for retirada da água, verifique a respiração por dez segundos, e veja se o movimento do tórax está correto e o ar está saindo pelo nariz. Caso estiver respirando, deixa ela deitada até os profissionais da saúde chegarem;
Caso ela esteja inconsciente e não estiver respirando, é importante iniciar a massagem cardíaca: posicione as mãos no centro do peito da vítima, entrelaçando os dedos e mantendo os braços esticados;
Utilizando o peso do corpo, use as mãos com firmeza contra o peito, realizando duas compressões por segundo, permitindo que o tórax volte à posição normal após cada compressão. Em crianças, use apenas uma das mãos e ajuste a força de acordo com o tamanho da criança;
Para bebês com até um ano, o procedimento é diferente: utilize apenas dois dedos, colocados no centro do peito, e realize de 100 a 120 compressões por minuto, aplicando menos força.
Efetivo de salva-vidas civis e militares fori reforçado nas praias catarinenses para evitar mortes por afogamento no estado- Foto: CBMSC/Divulgação