Terremotos são cientificamente imprevisíveis. Mas a tecnologia tem avançado cada vez mais para monitorar os tremores e permitir respostas mais rápidas e efetivas. Ilha grega de Santorini está em alerta para terremotos
Uma série de terremotos pôs em alerta a ilha grega de Santorini.
O primeiro-ministro grego, Kyriákos Mitsotákis, visitou nesta sexta-feira (7) o centro de operações dos bombeiros e o hospital da ilha de Santorini, que é um dos principais destinos turísticos da Grécia. O premiê disse que a visita foi para verificar se a infraestrutura está preparada para um possível terremoto mais forte.
Santorini, na Grécia, entra em alerta após série de tremores
Reprodução/TV Globo
Na quinta-feira (6), o governo declarou situação de emergência depois de um tremor de magnitude 5,2. Desde o fim de janeiro, centenas de sismos mais fracos fizeram 11 mil pessoas deixarem a ilha às pressas – por balsas e de avião.
A ilha foi devastada pela erupção de um vulcão há mais de 3,6 mil anos. O primeiro-ministro lembrou que a Grécia é um país acostumado a terremotos, que tem um código rigoroso para construções. Ele afirmou que a atividade sísmica, no momento, não representa um perigo real para a população. O dono de um hotel diz que confia na construção, mas teme que o solo possa ceder e levar tudo.
Vários países da Europa – como Grécia, Itália e Portugal – estão sujeitos à atividade sísmica intensa por causa do encontro de placas tectônicas. Terremotos são cientificamente imprevisíveis. Mas a tecnologia tem avançado cada vez mais para monitorar os tremores e permitir respostas mais rápidas e efetivas.
O Serviço Geológico britânico usou a inteligência artificial para avaliar os abalos recentes na Grécia e concluiu que essa onda de sismos em Santorini, na verdade, começou cinco dias antes do que se imaginava. Foram, ao todo, 20 mil tremores – dez vezes mais do que os detectados pelas técnicas convencionais.
Serviço Geológico britânico Concluiu que Onda de sismos em SantorinI começou cinco dias antes do que se imaginava
Reprodução/TV Globo
A sismóloga Margarita Segou explica que a inteligência artificial é capaz de detectar tremores muito mais fracos, que podem ser os primeiros sinais da atividade sísmica.
“Analisar os dados em tempo real, o que é possível agora, pode nos dar cinco dias a mais para preparar a população e os socorristas para se adaptar a uma situação de crise”, afirma.
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