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Americano vira favorito na categoria principal após ganhar prêmios de sindicatos importantes. Brasileiro tem chances como filme internacional graças a polêmicas de ‘Emilia Pérez’. Mikey Madison em cena de ‘Anora’ e Fernanda Torres em cena de ‘Ainda estou aqui’
Divulgação
A votação final do Oscar 2025 começa nesta terça-feira (11) — ou seja, até o próximo dia 18, os quase 10 mil membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas americana escolhem os vencedores da maior premiação do cinema mundial.
É difícil lembrar uma corrida que tenha enfrentado tantas mudanças em tão pouco tempo nos últimos anos.
Essa última etapa antes da premiação em si começa com um novo favoritíssimo à categoria principal e chances reais de “Ainda estou aqui” como melhor filme internacional — uma possibilidade que parecia das mais improváveis há algumas semanas.
O Oscar 2025 acontece em 2 de março, em Los Angeles, com transmissão ao vivo pela TV Globo.
A ascensão de ‘Anora’
Mikey Madison e o cineasta Sean Baker, de ‘Anora’, posam com prêmio principal do Sindicato dos Diretores dos EUA
Amy Sussman/Getty Images North America/Getty Images via AFP
Em uma temporada confusa, cuja liderança mudou de mãos em diversos momentos (e dependendo do ponto de vista), é notável que o período de votação comece apenas três dias depois da ascensão de “Anora” como o grande e claro favorito ao Oscar de melhor filme.
A comédia levou para casa os prêmios de melhor direção do Sindicato dos Diretores (DGA, na sigla em inglês) para Sean Baker, e de melhor produção pelo Sindicato dos Produtores (PGA, na sigla em inglês), neste sábado (8).
Com milhares de membros em comum com a Academia, as duas organizações têm um longo histórico de prever tendências de seus resultados.
Além disso, o sistema de votação do PGA é o único igual ao do de melhor filme do Oscar, na qual o membro envia uma lista com suas preferências em ordem, ao invés de escolher apenas seu preferido.
Desde 2005, 14 filmes venceram os prêmios de diretores e de produtores. Deles, apenas três não levaram na categoria principal da Academia. Já 11 confirmaram o favoritismo, incluindo “Oppenheimer”, em 2024, e “Tudo em todo o lugar ao mesmo tempo”, em 2023.
Assista ao trailer de ‘Anora’
Mais do que ganhar prêmios importantes, “Anora” vence no melhor momento possível, como a memória mais recente de um ganhador na mente dos votantes do Oscar.
Agraciado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes, em maio de 2024, a produção também levou o Critics’ Choice Awards de melhor filme na sexta-feira (7).
Com tudo isso, é também possível dizer que Baker assume o favoritismo na categoria de direção, que até agora estava com Brady Corbet (“O brutalista”) — e que já não dá mais para limitar a disputa de melhor atriz apenas a Demi Moore (“A substância”) e Fernanda Torres.
Grande favorita até as vitórias das duas concorrentes no Globo de Ouro, no começo de janeiro, Mikey Madison volta com tudo à corrida por estrelar um filme que certamente é adorado pela Academia.
As chances de ‘Ainda estou aqui’
Fernanda Torres e Selton Mello falam sobre ‘Ainda estou aqui’
As boas notícias para “Anora” podem não ser tão boas para “Ainda estou aqui”, primeiro filme original Globoplay.
Afinal, tamanha surpresa tira um pouco do foco das polêmicas nos bastidores da campanha de “Emilia Pérez”, maior concorrente do brasileiro em melhor filme internacional (ambos são os únicos da categoria que também foram indicados a melhor filme, afinal).
Mesmo assim, a maioria dos especialistas ainda vê o musical francês em queda franca na preferência dos membros da Academia — mesmo que ele seja a produção com o maior número de indicações do ano, com 13 no total.
A essa altura, na iminência da abertura da votação, “Ainda estou aqui” assume o favoritismo na categoria e tem grandes chances de dar ao Brasil seu primeiro Oscar.