Delícia de Natal: conheça a origem e as tradições da rabanada por admin | 2 de dezembro de 2024 - 13:32 |2 de dezembro de 2024 Sem categoria Com a proximidade do Natal, as pessoas têm sua curiosidade aguçada e o desejo de consumir a culinária natalina. Dentre os pratos mais famosos, está a rabanada, que faz sucesso no Brasil e é uma tradição nesta época do ano. Sob o viés religioso, o prato surgiu de uma necessidade de reaproveitar o pão amanhecido, por ser considerado sagrado para os católicos e representar o corpo de Jesus Cristo. Justamente por essa representação do sagrado que trouxe a rabanada para as ceias natalinas em diversos locais do mundo. No Brasil, esse doce é presença garantida na maioria das mesas durante os festejos desse período e pode reaparecer também no réveillon. Por volta do ano 1300, o chef francês Guillaume Tirel apresentou uma receita de “tostées dorées” no Le Viandier, algo que se assemelha ao que conhecemos sobre esse prato tradicional. A rabanada aparece documentada no século XV, citado por Juan del Encina. Feita com mel e muitos ovos, aparece como prato indicado para a recuperação pós-partos. O primeiro registro do preparo, no entanto, foi feito nos manuscritos de Marcus Gavius Apicius, no Império Romano. Rabanada é um doce de pão de trigo (pão-de-forma, baguete ou outro) em fatias que, depois de molhadas em leite, vinho ou calda de açúcar, são passadas por ovos e fritas ou assadas. As rabanadas fazem parte de muitas mesas da consoada, em Portugal, e em várias ceias do Brasil. São servidas polvilhadas com açúcar de canela ou regadas com caldas, de açúcar, xarope de bordo, mel, vinho ou vinho do porto. Em outros países, são típicos nas celebrações espanholas da Quaresma e da Semana Santa, assim como em várias partes do México, tal qual Zacatecas. A associação das rabanadas à quaresma deve-se provavelmente à necessidade de aproveitar o pão, durante o tempo em que não se comia carne. Existem múltiplas variantes, começando pelo pão, que pode ser corrente ou preparado especialmente para as rabanadas. Atualmente, é muito habitual encontrar esta opção nas pastelarias que oferecem um pão enorme em forma de barra (pão de forma) feito com farinha refinada. Algumas receitas substituem o vinho por leite e outras molham as rabanadas só no mel quente. Com frequência, acompanha-se de canela e cravo da Índia, mas podem usar casca de limão ou de laranja ralada para aromatizar o leite. Algumas das variantes mais populares são as rabanadas tradicionais, as que levam vinho do porto, aquelas com calda e as de poveira. Recentemente, apareceram variedades veganas que substituem o leite de vaca por leite de soja e os ovos por farinhas de grão de bico, farinha de soja ou outras leguminosas. No Brasil, o doce chegou trazido pelos portugueses e se consolidou, sobretudo nas festas natalinas. Por aqui, seu consumo é mais comum no Nordeste, até porque foi lá que as naus lusitanas aportaram primeiro em terras brasileiras. Como modo de preparo no Brasil, é mais comum molhar as fatias em uma mistura de leite e leite condensado, passar nos ovos batidos, depois fritar e polvilhar com açúcar e canela. Além disso, as rabanadas podem ser recheadas com doce de leite ou creme de avelã. Para isso, é necessário fazer um pequeno furo na lateral de cada rodela de pão e inserir o recheio com um saco de confeiteiro. A rabanada salgada é uma versão diferente do doce tradicional. Por fim, o prato pode ser feito com pão amanhecido, leite, ovos, pimenta-do-reino, raspas de limão e bastante noz-moscada. Adicionar aos favoritos o Link permanente.