Israel e o grupo islamista Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo nesta quarta-feira (15), segundo as agências internacionais AFP e Reuters. Fruto de intensa negociação, o contrato pode pôr fim à guerra que já dura mais de um ano na Faixa de Gaza.
O acordo de cessar-fogo inclui um plano de reconstrução da Faixa de Gaza após 15 meses de guerra – Foto: Mahmud Hams/AFP/ND
Apesar de não ter sido anunciado oficialmente, o acordo de cessar-fogo já foi aprovado e deve ser assinado na quinta-feira (16), segundo o R7. Uma declaração conjunta também é esperada após a assinatura.
A proposta deve entrar em vigor de imediato. As determinações incluem a libertação de reféns mantidos pelo Hamas em troca de prisioneiros palestinos detidos por Israel.
Em troca de cada soldado libertado pelo Hamas, Israel deve soltar 50 prisioneiros palestinos – Foto: Reprodução/Forças de Defesa de Israel
A notícia foi celebrada na Palestina, onde mais de 46 mil pessoas foram mortas no conflito, sendo mais da metade mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
A guerra com o Hamas começou em 7 de outubro de 2023, quando o grupo palestino atacou o sul de Israel e matou 1,2 mil pessoas. Outros 251 israelenses foram capturados, dos quais 97 permanecem reféns em Gaza e 34 teriam morrido.
Entenda as três fases do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas
A notícia foi celebrada na Palestina, que já perdeu mais de 46 mil pessoas na guerra – Foto: Jaafar ASHTIYEH/AFP
O acordo de cessar-fogo foi elaborado a partir de uma estrutura definida pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e endossado pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
O plano teria três fases, conforme divulgou o jornal The New York Times. A primeira, com duração de seis semanas, começaria com a retirada gradual das tropas de Israel da Faixa de Gaza.
O Hamas concordou em soltar 33 reféns israelenses, entre eles cinco soldados. Cada um seria libertado em troca de 50 prisioneiros palestinos mantidos por Israel, que incluem 30 homens condenados à prisão perpétua por terrorismo, além de centenas de mulheres e crianças.
A guerra se estende desde outubro de 2023, quando o Hamas atacou o sul de Israel e desencadeou uma série de retaliações – Foto: Reprodução/ND
Na segunda etapa, o grupo islâmico libertaria os reféns restantes, sob promessa da retirada completa das forças israelenses de Gaza. O Hamas afirma que só vai soltar os reféns com a saída das tropas, mas Israel quer que todos retornem ao país antes de recuar com o exército.
Já na terceira fase do acordo de cessar-fogo, os corpos dos reféns mortos pelo Hamas seriam devolvidos em troca de um plano de reconstrução da Faixa de Gaza, a ser executado em um período de três a cinco anos, sob supervisão internacional.
*com informações do R7
