Eleito 47º Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump dá início ao segundo mandato à frente da Casa Branca nesta segunda-feira (20). A cerimônia de posse de Trump iniciou às 8h, mas o ápice do evento ocorre somente às 14h, com o juramento à nação. O retorno do republicano ao poder pode ampliar a chance de negócios para a indústria e outros setores da economia catarinense.
Indústria de Santa Catarina é a 3° que mais cresce no Brasil – Foto: Ricardo-Wolffenbuttel/SECOM/ND
Logo após a vitória do político nas eleições, a Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina) comemorou o retorno do político ao poder, principalmente, pelo alinhamento do empresário com a visão dos industriais de Santa Catarina.
Desde ano passado, os Estados Unidos assumiram a liderança como principal destino das exportações catarinenses. De janeiro a setembro de 2024, foram mais de US$ 1,314 bilhão (R$ 7,91 bilhões na cotação atual) em exportações destinadas ao país, somados os 20 principais produtos produzidos em Santa Catarina.
Posse de Trump anima indústria catarinense
A partir de 2025, o governo Trump pode intensificar a competitividade tarifária como forma de enfraquecer a principal concorrente econômica, China, o que pode gerar oportunidades para exportações brasileiras e catarinenses.
Ponto alto da posse de Trump está marcado para 14h, com juramento à nação nos Estados Unidos – Foto:Isac Nóbrega/R7
“Além disso, uma resposta chinesa, fechando o mercado para produtos norte-americanos, abriria espaço às vendas de commodities e de produtos da nossa agroindústria à China, já que os Estados Unidos são um grande exportador destes itens”, afirmou o vice-president da Fiesc, Gilberto Seleme, sobre a vitória de Trump.
Conforme a entidade, há tendência de que empresas norte-americanas, que produzem na China, procurem instalar fábricas em outros países, assim como o país asiático pode biscar por novas plantas fabris fora dos Estados Unidos. “Abre-se, assim, uma oportunidade para buscar atrair esses projetos”, pontuou Seleme.
Essa guerra comercial, segundo a Fiesc, pode ser positiva para a agroindústria catarinense, uma vez que as tarifas de importação chinesa podem subir, principalmente, para carnes suínas. Em 2017, os Estados Unidos eram o 2º maior exportador de suínos para a China. Atualmente, o Brasil ocupa essa posição, atrás apenas da União Europeia.