Pela primeira vez na história, filme brasileiro é indicado para categoria principal da premiação. No longa, a mineira Bárbara Luz vive Nalu, filha do meio do casal protagonista, Rubens e Eunice Paiva. Fernanda Torres (Eunice Paiva) e Bárbara Luz (Nalu) em cena do filme ‘Ainda Estou Aqui’.
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“Independente se levar ou não, a gente já ganhou. Já tem que ser festa!”. Foi dessa forma que a atriz mineira Bárbara Luz definiu a tripla indicação do filme “Ainda Estou Aqui” ao Oscar, divulgada nesta quinta-feira (23).
Em entrevista à TV Globo, a atriz, que no longa vive Nalu, filha do meio do casal protagonista, Rubens e Eunice Paiva, conta que ainda “está em choque”, mas também muito feliz e orgulhosa pelas indicações.
“É muito importante que essa história seja vista a nível internacional. É muito lindo que o filme fez esse movimento de levar tanta gente ao cinema, tantos brasileiros indo assistir. É também maravilhoso que essa história seja reconhecida fora, que as pessoas falem sobre o Brasil, conheçam a nossa arte”, disse Bárbara Luz.
“Ainda estou aqui” foi indicado à principal categoria do Oscar 2025, de Melhor Filme. É a primeira vez na história que um filme brasileiro disputa a maior categoria do Oscar.
A produção também tem outras duas indicações: Filme Internacional e Melhor Atriz (Fernanda Torres). O filme dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres é o primeiro longa original Globoplay.
“Uma vitória para a arte e para a história do nosso país”, completou a atriz.
Filha caçula dos atores Eduardo Moreira e Inês Paixão, do Grupo Galpão, Bárbara Luz, que atualmente tem 22 anos e estuda teatro na França, revelou a emoção de contracenar com nomes tão consagrados da dramaturgia brasileira.
“Eu ficava me beliscando durante os ensaios e as filmagens. Eu não acreditava que aquilo estava acontecendo. São pessoas que eu admiro de muito tempo e pra mim era algo inimaginável. Eu sonhava com isso, mas parecia muito distante. E são pessoas tão generosas. A Fernanda é uma atriz, uma mulher tão incrível. Ela me inspira muito como pessoa, enquanto profissional. Era muito bonito assistir ela no set e aprender com ela, com o Selton [Mello], com o Walter [Salles]”, lembrou Bárbara.
A atriz ainda contou que ligou para a mãe logo após os anúncios das indicações, mas que não conseguiu conversar com ela direito. “Eu estava muito em choque, emocionada”, narrou.
“Ainda Estou Aqui” dá continuidade à linhagem de produções brasileiras indicadas ao Oscar
Ana Lúcia Paiva, filha de Eunice e Rubens
No filme, Bárbara Luz vive Ana Lúcia Paiva, apelidada pelos familiares apenas por Nalu. Hoje com 67 anos, é formada em matemática e é amiga próxima de Walter Salles, diretor do filme. Na fase adulta, foi vivida por Gabriela Carneiro Cunha.
“No filme, ela está numa passagem muito bonita da infância para a adolescência. Um encantamento, mas ao mesmo tempo uma ingenuidade. Ela não sabe o que está acontecendo no país. É uma transição que acontece ali, de começar a entender a vida, o que está acontecendo, o amadurecimento dela. eu acho muito bonito. Ela adora música, dançar e quer ter um namoradinho inglês”, descreveu a atriz.
Após o sucesso do filme, Bárbara conta que está planejando montar uma peça de teatro ao lado do pai, com previsão de entrar em cartaz na capital mineira entre maio e junho deste ano. “Eu admiro muito meus pais e o [Grupo] Galpão. Vamos ver se vai rolar”, concluiu.
Foto tirada durante ‘Ainda estou aqui’ com a família protagonista do filme
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