Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a greve teve início nesta sexta-feira (24), reivindicando o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e também de um vale-alimentação. Após novas negociações com a empresa, a greve foi suspensa. Eaton em São José dos Campos (SP).
Divulgação / Eaton
Trabalhadores da Eaton, empresa especializada na fabricação de transmissões mecânicas, suspenderam, neste sábado (25), a paralisação que haviam iniciado em São José dos Campos, no interior de São Paulo.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, que representa a categoria, a greve foi aprovada na sexta-feira (24), após assembleia com os trabalhadores. Os sindicalistas alegam que a paralisação foi feita para reivindicar que a empresa pague a íntegra da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e implemente o benefício de vale-alimentação.
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Agora, neste sábado (25), o sindicato informou que a greve foi suspensa, pois a empresa entrou em contato com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região e abriu processo de negociação sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e o vale-alimentação.
Com a previsão de novas negociações, uma assembleia foi realizada neste sábado (25) e os trabalhadores decidiram suspender a greve.
Uma nova reunião está marcada para terça-feira (28), às 10h. Ainda segundo o sindicato, caso as negociações não avancem, a greve poderá ser retomada na quarta-feira.
Os metalúrgicos reivindicam pagamento da segunda parcela da PLR na íntegra, implementação do vale- alimentação no valor de R$ 450, abono dos dias de greve e estabilidade no emprego por 90 dias.
Reivindicações
Segundo o sindicato, foi assinado um acordo com a Eaton no ano passado, que previa o pagamento da segunda parcela da PLR de R$ 1,2 mil, de acordo com o cumprimento de metas. No entanto, o sindicato afirma que a Eaton alegou que as metas não foram atingidas e que os trabalhadores receberiam como pagamento cerca de R$ 160 em janeiro.
“Os metalúrgicos contestam a informação passada pela fábrica, uma vez que são impedidos de aferir as metas. Com a falta de transparência, eles exigem o pagamento integral, condizente com a produção, que está em alta”, disse o sindicato em nota.
Sobre o vale-alimentação, o sindicato informou que a empresa não conta com o benefício e que havia um compromisso da Eaton em negociar a implantação do valor no semestre passado, mas que não houve avanços.
Por meio de nota, a Eaton informou na sexta-feira (24) que “todas as metas são amplamente divulgadas e acompanhadas por todos os colaboradores mensalmente”.
A empresa também disse que “respeita o direito de manifestação conduzida por organizações sindicais de forma pacífica e em conformidade com a Lei” e que “reitera seu compromisso com a ética de modo a garantir sempre uma conduta que assegura aos colaboradores todos os seus direitos, agindo legalmente e tendo como premissa o bem-estar, saúde e segurança de todos”.
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