O prefeito de Blumenau, Egídio Ferrari (PL), anunciou na terça-feira um decreto para reduzir gastos e fazer frente a um déficit de 327 milhões herdados da gestão anterior. A fala coloca o PL em saia justa, especialmente porque o antecessor também é do PL, Mário Hildebrandt, e vai tomar posse nesta sexta-feira como secretário de Proteção e Defesa Civil no governo Jorginho Mello (PL).
Decreto coloca em rota de colisão o prefeito Egídio Ferrari e o ex-prefeito Mário Hildebrant, ambos do PL de Blumenau – Foto: Alesc/Secom/Divulgação/ND
A medida rememora as dificuldades na composição dos grupos internos do PL de Blumenau, especialmente a partir de janeiro de 2024 – quando Jorginho Mello articulou pessoalmente as filiações do então prefeito Mário Hildebrandt (oriundo do Podemos) e do então deputado estadual Egídio Ferrari (filiado ao PRD).
Divergências no PL marcaram campanha vitoriosa em Blumenau
A preferência de Hildebrandt era pela candidatura da vice-prefeita Maria Regina Soar (PSDB), que acabou vice na chapa de Egídio. Nos bastidores, a campanha foi marcada por desconfianças mútuas dos grupos políticos abrigados no PL de Blumenau – que conta também com o deputado estadual Ivan Naatz.
Eram recorrentes as críticas de aliados do ex-prefeito sobre a pequena participão de Hildebrandt nos programas eleitorais de Egídio Ferrari. Ao final, a vitória em primeiro turno com 51,4% dos votos deixou momentamentamente as rusgas de lado.
A contundência do decreto assinado pelo prefeito Egídio Ferrari traz à tona às divergências internas e o desconforto entre aliados.
