Para fugir da agitação das praias do Norte ao Sul da Ilha na época mais movimentada do ano, turistas e moradores optam pela tranquilidade e as belezas naturais das praias da Grande Florianópolis, na região metropolitana. Os principais destinos são os balneários de Palhoça e Governador Celso Ramos.
O quarto levantamento de preços feito pelo Núcleo de Dados do Grupo ND mostra que o custo médio de um dia nas praias da Grande Florianópolis é de R$ 231 por pessoa. O valor é menor do que o pesquisado nas praias da capital catarinense nos levantamentos anteriores.
Praia da Pinheira, em Palhoça – Foto: PMP/Divulgação
Os dados foram coletados nos dias 28 e 29 de janeiro em quatro praias: Pinheira, Guarda do Embaú e Ponta do Papagaio, na Palhoça, e praia de Palmas, em Governador Celso Ramos.
A equipe considerou o preço do estacionamento, aluguel de cadeira e guarda-sol, além dos seguintes alimentos e bebidas: água, água de coco, caipirinha de cachaça e limão, cerveja em lata, refrigerante em lata, copo de suco natural, porção de fritas, porção pequena de iscas de peixe, pastel de queijo, milho cozido e churros.
A praia com os valores mais em conta foi Palmas, com o custo de R$ 182,50 por pessoa, sem considerar cadeira, guarda-sol e estacionamento, que nem sempre estão disponíveis para aluguel no local.
Para o veranista que não usa estacionamento e leva o próprio guarda-sol e as cadeiras, pode ser mais econômico frequentar a Ponta do Papagaio, que tem um custo médio de R$ 174,50 se excluídos esses itens.
Em relação à orla de Florianópolis, que tem um valor médio de R$ 356, as praias da região metropolitana são 35% mais baratas e oferecem um cardápio bem parecido com os encontrados na capital catarinense. Nos levantamentos anteriores, o preço médio por pessoa foi:
R$ 378 na região Norte da Ilha;
R$ 425 no Leste;
R$ 266 no Sul.
Praia calma e produtos mais acessíveis
José Pereira, turista de Caçapava do Sul (RS), diz que prefere a Ponta do Papagaio e a praia do Sonho pela tranquilidade e pelos preços baixos. Em passeio com os filhos, ele afirma que o estacionamento não é um problema, traz o essencial de casa e diz que quer voltar mais vezes. “A praia é muito calma, vai muito na contramão das outras da região. Gosto de trazer algumas coisas comigo, como cadeira e guarda-sol, mas a comida aqui vale o preço, não acho tão caro assim”, conta.
Erivelton, Thais e o filho Vicente escolhem a Guarda do Embaú pela segurança e para fugir do trânsito de Florianópolis – Foto: Iago Carvalho/ND
Já para o casal Erivelton Jordan e Thais Silva Castro, de Pelotas (RS), o melhor destino é a Guarda do Embaú. De acordo com eles, a ida à praia é mais tranquila – eles se recusam a enfrentar o trânsito de Florianópolis.
Outro fator importante é a segurança do filho, Vicente Leon, que, segundo eles, é o que faz o casal escolher a praia palhocense há um ano. “Acho mais tranquilo chegar até aqui, de estacionar e de vigiar o Vicente. Estamos morando em Palhoça há um ano e, desde que chegamos, nos conectamos com a Guarda. Ela é a nossa praia preferida da região”, diz Erivelton.
Praia de Palmas é o point dos hermanos
Na praia de Palmas, em Governador Celso Ramos, é notável o alto número de garrafas térmicas, chimarrões e bandeiras que fazem alusão à Argentina.
Ignacio Rios, de Buenos Aires, explica por que a praia é um dos lugares mais requisitados pelos hermanos. “Aqui, a água é mais morna, o clima não é tão quente, acredito que por conta dos morros ao redor, e a galera toda se encontra por aqui por causa da segurança. É difícil não achar argentinos por aqui, não há som alto, somente famílias, e todas te tratam com respeito. É muito tranquilo”, disse.
Destaque para o preço de Palmas, que é 48% mais baixo em relação a todas as praias de Florianópolis. O argentino ainda afirmou que os preços na praia são mais do que justos e, para ele, o Brasil é melhor tanto no valor pago quanto pelas belezas das praias.
Palmas, em Governador Celso Ramos, é uma das praias da Grande Florianópolis mais queridas pelos hermanos argentinos – Foto: Germano Rorato/Divulgação
Valor médio dos petiscos varia, mas segue baixo
O preço dos aperitivos varia entre as praias da Grande Florianópolis, mas ainda são mais baratos do que nas praias da capital catarinense. As iscas de peixe, por exemplo, custam em média R$ 59,25, um valor baixo em comparação com os preços da região Norte, que saem por volta de R$ 74,90, R$ 65,03 no Leste, e R$ 85,50 no Sul da Ilha.
O milho cozido, outro petisco famoso nas praias, tem uma média de R$ 10,60 na região, enquanto em Florianópolis, a média é de R$ 13,63. Já o pastel de queijo sofre uma queda nos preços de 61% quando comparado com os preços da Ilha, podendo ser encontrado por até R$ 10 enquanto na praia Mole pode ser vendido por até R$ 26.
Pinheira tem a caipirinha mais barata entre as praias da Grande Florianópolis
Com o menor preço a R$ 15 e o maior a R$ 20, a praia da Pinheira tem a caipirinha de limão e cachaça mais barata da região da Grande Florianópolis.
Nos balneários da Ilha, a bebida sai por uma média de R$ 25 e pode ser vendida por até R$ 40, no caso dos restaurantes da praia Mole – em comparação com a caipirinha mais econômica da Palhoça, é um aumento de 166% no preço do drink.
Valores variam em 51% entre praias da região metropolitana
No total, o custo por pessoa nas praias da Grande Florianópolis ficou em R$ 276 na Pinheira, R$ 217 na Guarda do Embaú, R$ 249,50 na Ponta do Papagaio e R$ 182,50 na praia de Palmas.
Entre a mais barata e a mais cara, os valores variam em 51%. Vale ressaltar que, na praia da Guarda e em Palmas, não foram encontrados aluguéis de guarda-sol e cadeira nos dias do levantamento, itens que encarecem o dia na praia.
Quanto custa um dia nas praias da Grande Florianópolis