Beijo de Singapura: como fazer e por que essa prática sexual está virando moda nas relações

Você conhece o “Beijo de Singapura”? Essa prática é pouco conhecida, mas vem chamando de muitos jovens por proporcionar mais prazer durante as relações sexuais. Conforme a sexóloga Marta Galobardes, o método aumenta o fluxo de sangue para a região, tornando os tecidos mais sensíveis e favorecendo um orgasmo mais intenso.

Conheça o beijo de Singapura, técnica que está chamando atenção por provocar muito prazer – Foto: Getty Images/ND
Para quem não sabe, essa técnica envolve a contração consciente dos músculos do assoalho pélvico, estimulando a circulação sanguínea e intensificando as sensações tanto para quem pratica quanto para quem recebe a penetração.
Vale ressaltar que o Beijo de Singapura pode ser aplicado em penetrações vaginais e anais, caso seja realizado corretamente. Para isso, é essencial conhecer o próprio assoalho pélvico, tanto no caso de mulheres quanto de homens. Exercícios como os de Kegel são frequentemente recomendados para fortalecer essa musculatura. “Se uma pessoa nunca explorou essa área do corpo, terá dificuldade em realizar a técnica de forma eficaz”, explica Marta.
Como funciona o Beijo de Singapura?
A prática do Beijo de Singapura está relacionada ao fortalecimento do assoalho pélvico, algo que já foi amplamente estudado. Segundo uma pesquisa publicada no Journal of Sexual Medicine, mulheres que realizam regularmente exercícios para essa região apresentam orgasmos mais intenso e facilidade na excitação.
Já em homens, o fortalecimento do assoalho pélvico pode melhorar a função erétil e o controle da ejaculação, conforme aponta uma pesquisa da British Journal of Urology International.
Como praticar o Beijo de Singapura?

A chave para essa técnica está na contração e relaxamento controlado dos músculos pélvicos durante a penetração – Foto: Canva/ND
A chave para essa técnica está na contração e relaxamento controlado dos músculos pélvicos durante a penetração. Para desenvolver essa habilidade, especialistas recomendam começar com o reconhecimento da própria musculatura.
“Usar um espelho para observar a região entre o ânus e os genitais pode ser um primeiro passo”, orienta a sexóloga. “A partir daí, exercícios de contração e relaxamento podem ser praticados diariamente para fortalecer o controle sobre esses músculos.”
Os exercícios de Kegel, popularizados pelo ginecologista Arnold Kegel nos anos 1940, são uma das formas mais eficazes de treinar essa musculatura. Eles consistem em contrair os músculos do assoalho pélvico por alguns segundos e depois relaxá-los, repetindo o processo várias vezes ao dia.
Outra abordagem citada pelo urologista Jaume Pelegrí é treinar a musculatura pubococcígea simulando a interrupção do fluxo urinário. “Homens podem realizar séries de contrações curtas ao longo do dia ou até mesmo utilizar uma toalha leve sobre o pênis ereto para aumentar a resistência muscular”, explica.
Para potencializar os efeitos do Beijo de Singapura, especialistas sugerem que a pessoa que realiza a contração esteja por cima durante a relação sexual. Essa posição permite um maior controle dos movimentos e facilita o ajuste da intensidade da contração muscular.
Problemas como incontinência urinária, disfunções sexuais e até mesmo dores na região pélvica podem ser prevenidos ou minimizados com o fortalecimento dessa musculatura – Foto: Canva/ND
O impacto da saúde pélvica na vida sexual
A importância do assoalho pélvico na sexualidade vai além do prazer. Problemas como incontinência urinária, disfunções sexuais e até mesmo dores na região pélvica podem ser prevenidos ou minimizados com o fortalecimento dessa musculatura.
Um estudo publicado na revista Sexual Medicine Reviews apontam que a prática de exercícios pélvicos não apenas melhora a resposta sexual, mas também contribui para a saúde geral do sistema urinário e reprodutivo.
O Beijo de Singapura pode ser uma forma inovadora de intensificar o prazer sexual e aprimorar a conexão entre os parceiros. No entanto, seu sucesso depende do conhecimento do próprio corpo e da prática contínua de exercícios específicos. Para quem deseja explorar essa técnica, vale a pena investir no fortalecimento do assoalho pélvico e experimentar novas formas de estimular a região durante a intimidade.

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