Um inseto avaliado em R$ 500 mil é a sorte grande de quem o encontra. Mas não é fácil. O besouro-veado tem esse nome por causa das longas mandíbulas que parecem chifres dos cervos. Com o nome científico de Lucanus capreolus, esse inseto pertence à Ordem Coleoptera. E por ser raro acaba tendo grande valor devido à sua importância para colecionadores. Além disso, ele também é usado para competições que envolvem lutas de insetos em certas regiões. E na medicina asiática, ele também tem utilidade para a produção de certos remédios, sendo ingrediente para infusões ou extratos. O besouro-veado é raro por alguns motivos. Primeiro, ele tem habitats limitados, o que restringe a sua distribuição geográfica. Na Ásia, o besouro é chamado de Miyama e vive no Japão, na Península Coreana e na Rússia. Além disso, ele tem ciclos de vida longos, com uma baixa taxa de reprodução. Nascem poucos besouros, então os que existem aumentam o seu valor de mercado. E ainda existe o fator bola de neve. Por ser difícil de encontrar, ele é valioso e procurado. Quando é capturado, ocorre uma redução ainda maior de disponibilidade da espécie, o que a torna ainda mais rara. De acordo com a Rede Europeia de Monitoramento de Besouros-veados, o comprimento deles varia de 4 cm a 9 cm. Eles passam a maior parte do tempo de vida abrindo túneis no subsolo. Nessa espécie, o macho é maior do que a fêmea. E também existe uma diferença na cor. Os machos têm um tom marrom avermelhado escuro e as fêmeas são num tom marrom alaranjado. O besouro se alimenta de madeira em decomposição, material vegetal também decomposto, folhedo, fungos e seiva. Estima-se que existam entre 350 mil e 400 mil espécies de besouros conhecidas no planeta. Com isso, eles formam o grupo de insetos mais diversificado. Alguns cientistas acreditam que o número real pode ser ainda maior, chegando a 500 mil espécies, com muitas ainda não descobertas. Os besouros representam cerca de 40% de todas as espécies de insetos conhecidasOs besouros, em geral, têm características em comum. Tanto os besouros-veados com as outras espécies possuem um corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen, além de exoesqueleto duro. Todos passam por metamorfose completa, têm peças bucais mastigadoras e podem voar. Além disso, habitam diversos ambientes e utilizam camuflagem ou defesas físicas para proteção.A expectativa de vida dos besouros varia conforme a espécie. Enquanto os besouros-veados são os que vivem mais – 3 anos – os besouros da farinha (Tribolium confusum), uma praga comum em grãos armazenados, são os que vivem menos: apenas 3 a 4 meses.