Levantamento do Observatório PUC-Campinas aponta aumento de 1,41% no primeiro mês de 2025, em relação a dezembro de 2024. Tomate, café e pão francês puxaram a alta do preço da cesta básica em Campinas (SP), segundo levantamento do Observatório PUC-Campinas
Montagem/g1
No sobe e desce dos preços dos alimentos, o que pesou na cesta básica em janeiro foi o aumento de itens com maior peso na alimentação do trabalhador. Em Campinas (SP), tomate, café e pão francês tiveram os maiores reajustes percentuais, mas carne, farinha e óleo também registraram alta.
O levantamento do Observatório PUC-Campinas mostra que o preço da cesta básica em janeiro na metrópole ficou em R$ 754,11, alta de 1,41% em relação ao mês anterior (R$ 743,60).
Dos 13 itens analisados, seis tiveram alta e sete queda nos preços no mês. O maior recuo foi da batata, seguida por leite, feijão e banana – confira a variação abaixo.
A pesquisa compara o custo dos alimentos com o salário mínimo. Considerando o valor de R$ 1.518, a cesta básica em Campinas compromete 49,67% do valor.
👨👩👧👦 Como a avaliação da cesta leva em conta o necessário para alimentar um trabalhador por um mês, ao considerar uma família de quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, a pesquisa aponta que o necessário seria três cestas básicas.
💸 Nesse caso, o custo somente com alimentação seria de R$ 2.262,32.
Segundo o trabalho coordenador pelo economista Pedro de Miranda Costa, o valor de janeiro em Campinas, em comparação com as 17 capitais brasileiras apuradas pelo Dieese, coloca a cesta básica da metrópole do interior paulista como a 8ª mais cara do Brasil.
São Paulo (SP) – R$ 852
Florianópolis (SC) – R$ 809
Rio de Janeiro (RJ) – R$ 803
Porto Alegre (RS) – R$ 771
Campo Grande (MS) – R$ 764
Goiânia (GO) – R$ 757
Brasília (DF) – R$ 756
Campinas (SP) – R$ 754
Curitiba (PR) – R$ 744
Vitória (ES) – R$ 735
Belo Horizonte (MG) – R$ 718
Fortaleza (CE) – R$ 700
Belém (PA) – R$ 698
Natal (RN) – R$ 634
Salvador (BA) – R$ 620
João Pessoa (PB) – R$ 619
Recife (PE) – R$ 599
Aracaju (SE) – 571
🔍 A cesta pesquisada
Segundo a PUC, são aferidos valores de 13 produtos alimentícios e suas quantidades, os mesmos definidos em decreto lei em 1938.
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Na ocasião, a justificativa era que tais produtos garantiriam, no período de um mês, uma boa qualidade de vida para um trabalhador adulto.
A avaliação do Dieese respeita os hábitos alimentares locais e, por isso, o Observatório PUC analisou as quantidades previstas nas avaliações da região Sudeste do Brasil. São eles:
Açúcar: 3 kg
Arroz: 3 kg
Café: 600g
Farinha: 1,5 kg
Feijão: 4,5 kg
Leite: 7,5 litros
Manteiga: 750g
Óleo: 750ml
Banana: 90 unidades
Batata: 6 kg
Carne: 6 kg
Pão francês: 6 kg
Tomate: 9 kg
A pesquisa
O Observatório PUC-Campinas passou a monitorar os valores da cesta básica em Campinas desde setembro de 2022 e os dados são divulgados mensalmente. A metodologia é a mesma utilizada pelo Dieese.
🔍 Para chegar ao valor da cesta básica em Campinas, os pesquisadores apuraram os custos dos produtos em 28 estabelecimentos, todos em supermercados em bairros ao redor do perímetro do centro da cidade.
📅 As pesquisas são realizadas entre a segunda e terceira semana do mês, sempre no mesmo dia, para não haver influência sobre promoções em diferentes estabelecimentos.
Consumidor em mercados de Campinas
Reprodução / EPTV
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