Caso Gritzbach: polícia conclui investigação e indicia três PMs e três integrantes do PCC

A Polícia Civil de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (14) que o inquérito sobre o assassinato do ex-colaborador e delator do PCC Vinícius Gritzbach, 38, foram concluídas. A investigação concluiu que o empresário foi executado a tiros no Aeroporto de Guarulhos, em novembro de 2024, por ter mandado matar dois aliados de lideranças da facção criminosa na região metropolitana da capital paulista.

Vinícius Gritzbach foi executado por mandar matar aliados de lideranças do PCC, conclui Polícia Civil – Foto: TV Record/Reprodução/ND
Gritzbach era suspeito de ser o mandante do assassinato de Anselmo Santa Fausta, o “Cara Preta”, um dos principais narcotraficantes do PCC, e de Antônio Corona Neto, o “Sem Sangue”, motorista de Fausta.
Seis pessoas foram indiciadas por envolvimento no assassinato, sendo três integrantes do PCC e três policiais militares.
Veja os indiciados pelo assassinato de Vinícius Gritzbach:

Emílio Carlos Gongorra Castilho (Cigarreira): líder do PCC e mandante do crime;
Diego dos Santos Amaral (Didi): líder do PCC e mandante do crime;
Kauê do Amaral Coelho: informante, monitorou o delator e avisou os executores;
Fernando Genauro: policial militar e executor do crime;
Denis Antonio Martins: policial militar e executor do crime;
Ruan Silva Rodrigues: policial militar e executor do crime.

Os três primeiros estão foragidos. Já os policiais estão presos temporariamente no Presídio Militar Romão Gomes. A Polícia Civil pediu a conversão da prisão temporária para preventiva.
Emílio Carlos Gongorra Castilho, líder do PCC conhecido como o Cigarreiro, foi indiciado como um dos mandantes do crime – Foto: R7/Reprodução/ND
Relembre o caso
Gritzbach era réu por homicídio e acusado de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro para o PCC. No ano passado, ele havia assinado uma delação premiada com o Ministério Público, entregando o nome de pessoas ligadas à facção e acusando policiais de corrupção.
Meses antes de ser morto, Gritzbach foi entrevistado por Roberto Cabrini, da TV Record, em que admitiu ser considerado um traidor pelo PCC e disse temer pela sua vida.
Ele foi baleado diversas vezes na área externa do Aeroporto de Guarulhos, no dia 8 de novembro de 2024, morrendo no local. A ação dos criminosos foi gravada por câmeras de segurança. Um motorista de aplicativo que estava trabalhando, sem relação com a ação, foi atingido colateralmente pelos disparos e morreu no hospital.
Vinícius Gritzbach foi assassinado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, no dia 8 de novembro de 2024 – Foto: R7/Reprodução/ND
Até o momento, 26 pessoas já foram presas por envolvimento no caso, sendo 17 policiais militares e cinco policiais civis. Outras quatro pessoas presas são suspeitas de ter alguma relação com Kauê, apontado como integrante da facção criminosa e que teria atuado como “olheiro” no dia do crime.
Segundo a Polícia Civil, um valor milionário foi oferecido pelos traficantes para o pagamento da execução do delator. Os valores exatos são apurados em um segundo inquérito sobre a rede de apoio ao crime.

*Com informações da Agência Brasil

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