Caso Vitória: após acusações, polícia pede reconstituição do assassinato da jovem ao IML

A PCSP (Polícia Civil de São Paulo) solicitou a reconstituição do assassinato de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, para o IML (Instituto Médico Legal). O principal suspeito do caso, Maicol dos Santos, confessou o crime e afirmou ter agido sozinho. No entanto, os advogados afirmam que ele foi induzido em depoimento. A delegacia de Cajamar investiga o caso.

O suspeito do caso Vitória prestou depoimento onde confessou o crime, mas defesa quer anular confissão – Foto: Reprodução/Cidade Alerta SP
A família da adolescente já havia reivindicado a reconstituição do crime por não acreditar que o criminoso agiu sozinho. Segundo a Polícia Civil, o objetivo é esclarecer as circunstâncias da morte da jovem. Vitória desapareceu na noite de 26 de fevereiro, quando voltava do trabalho. O corpo foi encontrado no dia 5 de março, em estado avançado de decomposição.
Até o momento, o inquérito do caso Vitória já tem mais de 356 páginas. A PCSP apura a participação de outros envolvidos no ocorrido. Mais de dez celulares estão sob análise da perícia e podem revelar novos fatos do crime.
Como informado pelo Cidade Alerta SP, o delegado Fábio Lopes está analisando se pede a extensão da prisão temporária de 30 para 60 dias.
Advogados afirmam que Maicol foi induzido em depoimento
 Além de Maicoln, PCSP apura a participação de outros envolvidos no crime – Foto: Reprodução/Cidade Alerta/ND
Os advogados de Maicol entraram com pedido de habeas corpus e de anulação da confissão obtida na delegacia de Cajamar, São Paulo. A defesa argumenta que o depoimento foi assinado sem a presença dos advogados constituídos e sem o consentimento do cliente.
“Ele está sofrendo pressão psicológica aqui e agora, com a transferência dele, a gente vai amenizar isso”, disse o advogado Flávio Ubirajara.
O advogado Fábio Costa, que representa a família de Vitória, também criticou o procedimento adotado. Durante uma entrevista, Costa disse que foi incorreta a forma como o interrogatório foi conduzido. O advogado argumentou que houve falta de comunicação entre o delegado e o suspeito, já que as respostas de Maicol foram curtas.
A SSP (Secretária de Segurança Pública de São Paulo) informou por meio de nota que todos os procedimentos adotados no caso, inclusive o depoimento de Maicol, seguiram o código de processo penal.
Relembre o caso do assassinato da jovem Vitória
Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, foi encontrada morta em uma área de mata em Cajamar no dia 5 de março, após desaparecer na noite de 26 de fevereiro, quando voltava do trabalho.
Jovem ficou desaparecida por uma semana antes de ser encontrada, já sem vida – Foto: Vitória Regina de Souza/Instagram
O carro de Maicol foi visto rondando a região e a perícia encontrou vestígios de sangue no veículo e na casa do suspeito. Além disso, o celular do homem de 26 anos continha diversas fotos de Vitória, indicando uma obsessão pela vítima.
Segundo o Balanço Geral, a Polícia Civil considera a participação de um coautor do crime. Apesar de Maicol ter confessado que agiu sozinho, um caminhão posicionado próximo à área de mata levantou uma nova suspeita no caso Vitória.
Em imagens de câmeras de segurança, o caminhão aparece em frente a um campo de futebol, próximo à casa de Maicol, com faróis ligados iluminando a área de mata na hora do crime. A polícia considera que o caminhão pode ter facilitado a trilha até o local onde o corpo foi deixado.
O pai da vítima, Carlos Alberto Sousa, acredita que o suspeito teve ajuda no crime. “Não tem condições de uma pessoa sozinha fazer tudo isso. Colocar o corpo lá, do jeito que é, tem cerca, tem tudo. Como ele ia fazer sozinho?”, questiona.

*Com informações de Cidade Alerta SP

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