Venda de ostras é suspensa na Grande Florianópolis após exame detectar toxina que causa vômitos

A Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) determinou a suspensão temporária da comercialização e a venda de ostras na Grande Florianópolis. A medida atinge produtores de praias do sul da Ilha de Santa Catarina e de algumas áreas de Palhoça em razão de alto índice de toxina que pode causar prejuízos à saúde.

Ácido prejudicial aos humanos motivou suspensão de comercialização e da venda de ostras – Foto: Ricardo Wolffenbüttel/Secom
Áreas de cultivo têm venda de ostras suspensa por risco à saúde
Desde 19 de março, o consumo de mexilhões, vieiras e berbigões já estava proibido em partes da região. Agora, a comercialização e venda de ostras também foram incluídas na restrição nas seguintes áreas:

Costeira do Ribeirão e Freguesia do Ribeirão (Florianópolis);
Caieira da Barra do Sul e Taperinha (Florianópolis);
Ponta do Papagaio (Palhoça).

Santa Catarina é o estado com maior produção de ostras do país – Foto: Divulgação
Já a proibição exclusiva de mexilhões, vieiras e berbigões vale para:

Praia do Cedro e Praia do Pontal (Palhoça);
Barro Vermelho, Tapera e Costeira do Pirajubaé (Florianópolis).

A decisão sobre a venda de ostras foi tomada após exames laboratoriais detectarem níveis elevados de ácido ocadaico, toxina que pode causar vômitos, náuseas e diarreia.
A Cidasc recomenda que, ao consumir ostras, os clientes verifiquem a procedência, optem por produtos embalados com selo de inspeção sanitária e questionem restaurantes sobre a origem do alimento.
Ácido Ocadaico: o que é toxina presente em ostras
A ficotoxina ácido ocadaico é produzida por dinoflagelados, um grupo de microalgas comumente ingerida pelos moluscos. O acúmulo da toxina na glândula digestiva dos animais pode provocar EDM (Envenenamento Diarreico por Moluscos) ao ser consumida por seres humanos.
Segundo um estudo feito por pesquisadores da UFFRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), os sintomas causados pelo consumo de altos níveis da toxina podem surgir cerca de 30 minutos após a ingestão do molusco contaminado.
Sintomas:

Dores abdominais;
Náuseas;
Vômitos;
Diarreia.

Ainda conforme o estudo, o consumo frequente do ácido ocadaico pode favorecer “o surgimento de tumores no trato gastrointestinal”, já que a toxina tem alto poder cancerígeno.

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