
Márcia Monteiro de Almeida segue na UTI, mas apresenta evolução no quadro de saúde. Família informou que médicos começam a reduzir a sedação. Márcia Monteiro de Almeida está internada na UTI em estado grave
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A técnica administrativa Márcia de Almeida, de 46 anos, que levou um tiro no rosto do sobrinho no último dia 23, apresenta melhoras no quadro de saúde. A informação foi repassada por um parente da vítima, que pediu para não ser identificado.
Márcia segue está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Pronto-Socorro de Rio Branco, contudo, os médicos começaram a reduzir a sedação.
“Está apresentando melhora. Pulmões e rins estão bons, está evoluindo. Um passo de cada vez. Ela apresentou maior sensibilidade ao toque, está começando a compreender as vozes, está apertando nossa mão”, resumiu o familiar.
Antes de atirar no rosto da tia, Iranilson Monteiro de Almeida, de 40 anos, teve uma breve discussão com a vítima sobre a documentação de uma casa que comprou da avó. O crime ocorreu na Rua Juricaba, no bairro João Paulo II, região da Baixada da Sobral.
Iranilson foi preso em flagrante, levado para a Delegacia de Flagrantes (Defla) e indiciado por tentativa de homicídio. O tiro atingiu o olho esquerdo e a bala saiu na lateral direita da cabeça de Márcia.
Em depoimento, ele contou que estava na casa da tia desde o meio-dia consumindo bebidas alcóolicas, afirmou ter um bom relacionamento com a tia e que não se recorda do momento em que atirou nela.
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A arma usada no crime pertence ao suspeito, conforme a polícia, contudo ele não tem porte de arma. Ele afirmou que, durante à tarde, foi até a residência em que vive com a mulher e os filhos, pegou a arma e voltou para a casa da tia.
“Não buscou a arma de fogo com a intenção de realizar nenhum crime, até porque não teve discussão até aquele momento. Acredita que buscou a arma apenas para se exibir; que, quando retomou para a casa de Márcia, continuaram a beber cerveja e em determinado momento efetuou um disparo com a pistola calibre .380 no quintal”, aponta o processo.
Ainda conforme o parente, Iranilson era considerado um irmão pelos filhos da vítima. A família deseja justiça.
Tiro acidental
Ainda segundo o processo da Justiça, o técnico em telecomunicação alegou que não tinha a intenção de atirar na tia, mas acredita que esqueceu de tirar a munição da câmara da arma e que esse descuido resultou no disparo.
“Foi acidental porque não tinha a intenção de disparar contra a sua tia. Afirma que não apontou a arma para sua tia e acredita que durante o manuseio disparou acidentalmente. Tem um bom relacionamento com sua tia Márcia”, diz o depoimento.
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Após o disparo, Iranilson disse que ficou muito assustado, deixou a arma no chão e foi para casa. A polícia foi até a residência, que fica próxima do local do crime, e foi recebida pela esposa do suspeito. A mulher confirmou que o marido estava em casa e autorizou a entrada da equipe.
O suspeito foi encontrado deitado no chão da parte de trás da casa e não resistiu à prisão. Iranilson passou por audiência de custódia na segunda-feira (24) e liberado para responder o processo em casa. Contudo, ele precisa cumprir as seguintes medidas cautelares.
Monitoramento eletrônico
Proibição de contato com a vítima e familiares próximos
Proibição de usar arma de fogo
Recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga
Informar a UMEP os horários de trabalho
Na decisão, o juiz Robson Ribeiro Aleixo destacou que o suspeito possui bons antecedentes criminais, os filhos dependem dele para ir à escola, tem residência fixa e concedeu a liberdade.
“Entendo que não estão presentes os requisitos para decretação da preventiva, que trata-se de situação extremamente grave, mas os fatos carecem de maiores esclarecimentos, para saber o que aconteceu e para que haja imputação legitima ao acusado, a gravidade em si da situação não é suficiente para decretação da prisão. Entendo que as medidas cautelares são suficientes para o caso, concedo a liberdade provisória com a aplicação das medidas cautelares”, argumentou o magistrado.
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