Wave to Earth faz show fofíssimo no Lolla para público pequeno, mas interessado em seu K-indie de qualidade


Banda sul-coreana estreou no Brasil com uma apresentação carismática, apesar de pouco ter interessado a plateia do festival. Wave to Earth canta ‘Bad’ no Lollapalooza 2025
O público do show do Wave to Earth no Lollapalooza deste sábado (29) era numerosamente modesto. Em sua estreia no Brasil, o grupo sul-coreano tocou no palco Mike’s Ice para uma plateia formada por poucos fãs e pessoas que nitidamente os desconheciam. Mas nada disso cai na responsabilidade da apresentação em si.
Carismático, o show dos músicos foi divertido, fofo e bem executado. O vocalista e guitarrista Kim Daniel, o baterista Shin Donggyu e o baixista Cha Soonjong fizeram uma apresentação intimista, com poucos efeitos visuais e sem cenografia. O foco ali era a música e, felizmente, o instrumental e o gogó estavam em dia. O som ficou estourado em alguns momentos —problema que se potencializa quando um espaço grande é pouco ocupado—, mas não chegou a ser grave.
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Os fãs da banda fizeram questão de colar na grade, o que não foi difícil, já que não havia muita disputa. Conhecidos como Planktons, eles foram contagiados do início ao fim. O restante da plateia era menos empolgada, mas mesmo assim, se mostrava interessada em sua nova descoberta musical.
Em 2024, Kim disse ao site “Fader” que reconhecia que a banda tem fama limitada. “Nossa música é famosa, mas nós não somos famosos, pessoalmente”. Cha acrescentou: “Não nos reconhecem tanto. É mais como, ‘oh, essa música é sua’, ficam meio surpresos. Eu gosto”. Em geral, essa percepção vem nos hits virais: “Seasons”, “Love” e “Bad”. No Lolla, não foi diferente.
Formada em 2019, a banda ficou conhecida por seu K-indie de pista, com músicas totalmente produzidas pelos próprios integrantes. Com uma pegada também de jazz e rock, as faixas trazem líricas emotivas. Tudo embalado por uma postura popstar —em termos musicais e de performance.
O vocalista Kim tem um jeitinho sutil de ser sexy. Joga a franja capilar de um lado para o outro e gosta de rebolar enquanto canta de óculos escuros.
“Olá, Brasil, fantástico, eu te amo”, disse o baixista Cha em um dos momentos de papo com o público.
O grupo deixou o palco ao som de “Pink”, com solos (vocais, de bateria e cordas) totalmente eletrizantes. Eles ainda jogaram baquetas e palhetas para os fãs. Também foram cumprimentá-los na grade, depois de deixar o palco. Sério, fofíssimos.
Foi uma ótima primeira vez no Lolla Brasil. Quem sabe numa próxima eles não tenham mais reconhecimento.
Cartela resenha crítica g1
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