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Segundo a Cetesb, concentração de ozônio na estação do Taquaral que era “boa” às 13h, pulou para “muito ruim” às 17h. Poluente provoca aumento de sintomas respiratórios na população em geral. Campinas (SP) atinge qualidade do ar “muito ruim” pela primeira vez em 2024, de acordo com a Cetesb
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A qualidade do ar em Campinas (SP) foi de boa para “muito ruim” em um intervalo de 4 horas nesta quinta-feira (5), de acordo com dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) na estação do Taquaral. É a primeira vez que a metrópole atinge essa categoria em 2024.
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O indicador aponta alta concentração de ozônio (O3), o que provoca aumento dos sintomas respiratórios em crianças e pessoas com doenças pulmonares, como asma, além de aumento de sintomas respiratórios na população em geral.
Segundo a Cetesb, o ozônio é um poluente formado “através da reação entre os óxidos de nitrogênio emitidos por processos de combustão, tanto veicular como industrial, e dos compostos orgânicos voláteis, emitidos em processos evaporativos, queima incompleta de combustíveis automotivos e em processos industriais, na presença de luz solar”.
Ainda de acordo com a agência ambiental, historicamente as concentrações mais elevadas ocorrem com maior frequência no período de primavera/verão, época em que a incidência da radiação solar é mais intensa e as temperaturas são mais elevadas.
O painel que monitora a qualidade do ar mostra que a concentração de ozônio na estação do Taquaral que era “boa” às 13h, pulou para “muito ruim” às 17h.
Classificação da qualidade do ar
0 – 40: Boa
41 – 80: Moderada
81 – 120: Ruim
121 – 200: Muito Ruim
>200: Péssima
Campinas (SP) atinge qualidade do ar “muito ruim” pela primeira vez em 2024, de acordo com a Cetesb
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‘Céu cinzento’
Como reflexo das queimadas na Amazônia, a região de Campinas (SP) registra céu “cinzento” e visibilidade. Segundo o Centro de Pesquisas Meteorológicas da Unicamp (Cepagri), a nuvem de fumaça que paira sobre o estado de São Paulo deve se manter até sexta (6), reforçando a necessidade de cuidados com a saúde.
☁️ Isso porque, além de trazer um aspecto “opaco” ao céu, a fumaça das queimadas aumenta a concentração de poluentes na atmosfera em meio a uma sequência de dias sem possibilidade de chuva e com temperaturas elevadas, conforme explica o meteorologista Bruno Bainy.
“A gente tem três situações bastante importantes e é fundamental que as pessoas se atentem: essa sequência de dias com temperaturas muito elevadas; baixa umidade relativa do ar, que desidrata, resseca e causa desconforto nas vias respiratórias e nas mucosas; e a poluição atmosférica que também reforça esse desconforto e potencializa os impactos negativos para a nossa saúde”, detalha.
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Como a fumaça chegou à região?
🌬️ Segundo Bainy, o denso corredor de fumaça se moveu em direção ao Sul do país por conta de uma frente fria que passou pelo oceano na segunda-feira (2).
“Esse escoamento foi defletido, então canalizou toda a fumaça em direção ao estado de São Paulo, e ocasionou esse céu opaco, mais carregado, parecendo até uma nebulosidade”, explica.
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Ainda de acordo com o meteorologista do Cepagri, a nuvem continua sobre a região nos próximos dias e pode se intensificar na quinta-feira (5), com a aproximação de uma nova frente fria. “A gente vai ter novamente canalização para o estado de São Paulo desse escoamento atmosférico, então voltando a transportar poluição aqui para cá”.
“A gente deve ter essa situação amenizada na sexta-feira devido à passagem da frente fria pelo oceano, mas que deve melhorar um pouco a qualidade do ar em termos tanto da umidade quanto da concentração de poluentes. Até lá a gente vai conviver com esse aspecto na atmosfera”, prevê.
O “alívio” maior deve chegar na segunda quinzena de setembro, de acordo com Bainy. A expectativa é que as ocorrências de chuva aumentem até outubro, quando há “mais propriamente a estação chuvosa”.
Bruno Bainy, meteorologista do Cepagri
Reprodução/EPTV
Como se proteger?
De forma geral, recomendações simples, como a hidratação e evitar atividades físicas nos períodos mais quentes do dia, são essenciais em períodos de tempo seco. Confira:
🏃🏼♀️ Evitar praticar exercícios e trabalhos ao ar livre no período entre 10h e 16h
🏬 Evitar aglomerações em ambientes fechados
👁️ Usar soro fisiológico nos olhos e narinas
🚰 Umidificar o ambiente por meio de toalhas molhadas, recipientes com água e molhamento de jardins
☀️ Permanecer em locais protegidos do sol, em áreas vegetadas
🥃 Consumir água à vontade
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Reprodução/EPTV
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