Caso Maria Valentina: Pais são condenados pela morte da menina, em Montes Claros


Além do homicídio, eles também foram condenados pelo crime de estupro de vulnerável. Segundo o Ministério Público, somadas, as penas chegam a 120 anos e sete meses. Maria Valentina Alves Rodrigues foi encontrada morta dentro de casa
Arquivo pessoal
A Justiça condenou os pais acusados pela morte da filha, de um ano e dois meses, em Montes Claros. Somadas, as penas chegam a 120 anos e sete meses.
Maria Valentina Alves Rodrigues morreu após ser agredida na casa da família em julho de 2021. (Relembre o caso abaixo)
A sessão de júri popular começou por volta das 9h dessa terça-feira (27) no fórum Gonçalves Chaves e a sentença foi lida no início da madrugada desta quarta. O processo está em segredo de Justiça e só acompanharam o julgamento, profissionais do judiciário, advogados de defesa e testemunhas.
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Além do homicídio, os pais também foram condenados por estupro de vulnerável. Segundo o Ministério Público, as sentenças foram definidas da seguinte forma:
A mãe foi condenada a 35 anos e sete meses por homicídio e a 22 anos e seis meses pelo crime de estupro.
O pai foi condenado a 40 anos por homicídio e a 22 anos e seis meses por estupro.
Entenda o caso
Maria Valentina Alves Rodrigues foi morta na madrugada do dia seis de julho de 2021. No mesmo mês, os pais foram indiciados pela Polícia Civil pela morte da menina.
O laudo de necropsia apontou que a criança tinha várias lesões na região do tórax e havia sinais de abuso sexual.
Na época, o delegado Bruno Rezende disse em entrevista coletiva que a mãe confessou ter agredido a filha. Inicialmente, ela e o marido negavam as agressões e se acusavam reciprocamente.
“A mãe confessou que agrediu a criança pelo menos cinco vezes naquela madrugada com tapas e murros porque ela não dormia. O pai nega as agressões, apesar de a mulher ter dito que ele também deu um soco na criança durante a madrugada. A criança faleceu por pancada na região torácica”.
Segundo as investigações, a menina dormia com os pais e três irmãos em duas camas juntas no mesmo quarto quando aconteceu o crime.
“O que fica caracterizado é que os dois escolheram deliberadamente não adotar nenhuma providência um em relação ao outro. O pai alega que viu a mãe espancar a criança diversas vezes e não fez nada. A mãe alega que viu o pai bater na criança e praticar movimentos debaixo das cobertas que pudessem imputar em abuso sexual e também escolheu não fazer nada”.
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