Projeto da UFSCar Sorocaba estimula protagonismo índigena no ensino superior: ‘Integrantes da sociedade moderna’


Universidade conta com 280 estudantes indígenas distribuídos em quatro campi, sendo 75 estudantes de 15 etnias diferentes no campus de Sorocaba (SP). Membros do Coletivo de Convivência Indígena
Cortesia/Prof. Kuhupi Waura
Fortalecer a identidade cultural dos povos originários e garantir o protagonismo índigena no ensino superior: essa é a missão do Centro de Culturas Indígenas (CCI) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). No Dia Internacional dos Povos Indígenas, celebrado nesta sexta-feira (9), conheça o projeto que promove um espaço de aprendizado para 75 estudantes de 15 etnias diferentes no campus de Sorocaba (SP).
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Há 13 anos, a UFSCar implementou formas de ingresso específicas para os povos indígenas, contribuindo para a diversidade na instituição. Atualmente, a universidade conta com 280 estudantes indígenas distribuídos em quatro campi.
Estes alunos vêm de uma ampla gama de etnias, incluindo Apurinã, Atikum, Baniwa, Guajajara, Pataxó e muitas outras, originários do Amazonas, Bahia, Maranhão e São Paulo.
Em Sorocaba, o CCI foi criado em julho de 2017 para atender às necessidades acadêmicas e culturais desses estudantes. O grupo atua para unir e fortalecer a comunidade indígena na universidade, promovendo visibilidade e respeito por suas culturas.
O estudante de engenharia de produção Paulo Daniel Batista Esteves, da etnia Sateré Mawé, atua como estagiário na área de Planejamento e Urbanismo. Para ele, a participação no CCI é uma oportunidade de compartilhar conhecimentos e quebrar estereótipos.
“A presença no coletivo nos ajuda a mostrar que os indígenas são parte integrante da sociedade moderna, dominando tecnologia e conhecimento atual.”
Paulo destaca que a UFSCar e o CCI têm sido fundamentais para a preservação da cultura indígena, o que ajuda a manter vivas as tradições e práticas culturais dos povos originários.
“A universidade oferece espaços para oficinas de cerâmica e plantação, onde podemos ensinar e aprender sobre os significados das plantas e dos grafismos indígenas.”
O Centro de Convivência Indígena atender às necessidades acadêmicas e culturais desses estudantes.
Cortesia/Prof. Kuhupi Waura
De etnia Baniwa, Cristian Miguel Brazão, de 21 anos, estuda ciência da computação na UFSCar de Sorocaba. De acordo com ele, o projeto ajudou-o a enfrentar as dificuldades da vida universitária. “No começo, a adaptação foi difícil e eu não sabia como buscar ajuda. Foi o CCI que me deu o suporte necessário para superar esses desafios”, conta.
Para Cristian, o coletivo tem sido uma fonte valiosa de apoio acadêmico e emocional. “Eles sempre estão prontos para ajudar, seja com questões acadêmicas ou pessoais. O apoio do coletivo é essencial para minha jornada na universidade”, conclui.
*Colaborou sob a supervisão de Matheus Arruda
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