Lula, Petro e Obrador podem falar com Maduro na segunda, mas governo já sabe sobre dificuldade de negociação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus colegas Gustavo Petro, presidente da Colômbia, e Lopez Obrador, presidente do México, podem falar com o autocrata venezuelano Nicolás Maduro na próxima segunda-feira (12).
No entanto, o governo brasileiro já sabe que Maduro não está nem um pouco disposto a abrir espaço para negociação. Essa informação já foi passada para o presidente Lula.
Se a oposição já se mostrou disposta a negociar, mesmo porque não tem outra saída, Maduro vai é radicalizar.
Eleições na Venezuela: Comissão do Senado aprova convites para que Mauro Vieira e Celso Amorim prestem esclarecimentos
O temor é que ele acabe levando a Venezuela para uma ditadura de fato. Diplomatas brasileiros se preocupam com o clima social no país vizinho.
Maduro está numa escalada de prisões, mais de 2 mil opositores já estariam presos, entre eles líderes da oposição.
O presidente Lula voltou a reforçar nesta quinta (8), em conversa com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que o Brasil, junto com Colômbia e México, não abre mão da divulgação das atas eleitorais, com os dados desagregados por mesas de votação.
Lula destacou também que não dá para endossar uma eventual decisão da Suprema Corte da Venezuela validando as atas e a vitória de Maduro.
Segundo um assessor presidencial, os três países não abrem mão de que as atas sejam divulgadas publicamente e auditadas por um órgão imparcial.
Isso, inclusive, foi anotado na nota divulgada nesta quinta pelo Itamaraty, assinada pelos presidentes do Brasil, Colômbia e México.
Na avaliação do governo brasileiro, o importante é que essa posição, defendida desde o início pelo Brasil para reconhecer um vitorioso nas eleições presidenciais da Venezuela, ganha cada vez mais apoio internacional.
A União Europeia deu aval para essa estratégia.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.