Marie Dageville e seu marido, Benoit Dageville, tornaram-se bilionários da noite para o dia quando a empresa do casal abriu capital em setembro de 2020. A partir desse momento, Marie, uma ex-enfermeira de um hospício, buscou como doar a nova fortuna da melhor forma possível.
Como ex-enfermeira de hospício tornou-se bilionária e agora incentiva redistribuição da riqueza – Foto: Jeff Chiu/Associated Press/AP
A empresa de nuvem de dados, Snowflake, foi fundada na Califórnia, nos Estados Unidos, em 2012. O casal desenvolveu a companhia para alimentar o Data Cloud, onde milhares de organizações têm acesso contínuo para descobrir, compartilhar e desbloquear o valor de seus dados.
Atualmente, Benoit atua como presidente da divisão de produtos da Snowflake. Antes do casal criar a empresa, ele trabalhou na Oracle, por 15 anos, como arquiteto líder.
Já Marie é formada em enfermagem pela Universidade do Estado de São Francisco. Ela também tem uma formação em Negócios Internacionais pelo Instituto Católico de Paris.
Agora, Marie está à frente do Coletivo Patchwork, um fundo filantrópico familiar que apoia soluções lideradas localmente para resolver desafios globais.
Fortuna bilionária a partir da Snowflake
Com o sucesso da companhia, o casal conquistou uma grande fortuna. Marie, que atualmente atua como filantropa, busca conscientizar os mais ricos pela igualdade e equidade.
Embora muitos digam que doar dinheiro é difícil, essa não é a perspectiva da bilionária. Seu conselho é apenas começar. “Precisamos redistribuir o que temos demais”, disse ela em uma entrevista à The Associated Press, segundo a Fortune.
Doação
Ainda segundo o jornal, as pessoas mais ricas dos Estados Unidos têm se incentivado a doar mais dinheiro desde, pelo menos, o ano 1889, quando Andrew Carnegie publicou um ensaio intitulado “O Evangelho da Riqueza”.
A iniciativa Giving Pledge, sediada na Fundação Bill & Melinda Gates, também aumentou o debate. Em 2010, Warren Buffett, Bill Gates e Melinda French Gates convidaram outros bilionários doarem metade de suas fortunas durante suas vidas ou em seus testamentos. Até o momento, 244 magnatas assinaram o compromisso.
Marie Dageville disse que se beneficiou ao falar com outras pessoas que assinaram o Giving Pledge, especialmente uma pessoa que a incentivou a fazer doações operacionais gerais. Ela confia que as organizações sem fins lucrativos próximas às comunidades sabem melhor como gastar o dinheiro e disse que não se deixa conter pela preocupação de que elas o usarão indevidamente.
“Se você está na posição em que está agora — capaz de redistribuir essa fortuna — ou você assumiu riscos ou alguém assumiu riscos com você”, disse ela. “Então por que você não pode assumir algum risco (em sua filantropia)?”, questionou a bilionária.
