O terreno onde operava a Cristal Blumenau, antiga e tradicional fábrica de Blumenau, foi arrematado em segundo leilão realizado nesta quarta-feira (4). Uma empresa blumenauense venceu a disputa acirrada com mais sete grandes empresas, adquirindo os três lotes por R$ 5,4 milhões.
Disputa acirrada marca venda do terreno de antiga fábrica de cristais em Blumenau – Foto: Moises Stuker/NDTV
Os imóveis arrematados somam uma área total de quase 7 mil m² e estão localizados no bairro Itoupava Norte, com 70 metros de frente para a Avenida 2 de Setembro.
Um novo leilão será realizado no dia 19 de dezembro, para a venda da marca da companhia, com registro vigente no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) até junho de 2025.
Conforme a Nogari Leilões, que promove as vendas, o lance inicial para a aquisição da marca era de cerca de R$ 490.443,00. Como não houve compradores, será realizada uma nova sessão, com ofertas a partir de qualquer valor.
A plataforma para pré-lances estará aberta até as 14h do dia do leilão.
Empresa local arrematou terreno em disputa acirrada
Jorge Nogari, leiloeiro responsável pelas vendas, destacou que houve uma disputa acirrada entre oito grandes empresas para a aquisição do terreno, sete de Blumenau e uma de Curitiba.
De acordo com o leiloeiro, o site que conta com a descrição dos ativos à venda recebeu mais de 1,9 mil acessos.
“Essa movimentação não só supera as expectativas iniciais, como também reforça a importância de investidores qualificados para impulsionar o desenvolvimento econômico e consolidar a cidade como um polo estratégico para novos negócios”, disse.
Nesta quarta-feira (4) aconteceu o segundo leilão promovido para arrematar os bens da empresa. O primeiro foi realizado em 19 de novembro. Os valores obtidos serão destinados para o pagamento de créditos trabalhistas, bancários, do fisco e de fornecedores.
Terreno onde está fábrica de cristais que decretou falência em 2022 – Foto: Moises Stuker/NDTV
Cristal Blumenau declarou falência em 2022
Em 2022, a empresa declarou falência após acumular pouco mais de R$ 182 milhões em dívidas. Segundo o administrador judicial, Alcides Wilhelm, a empresa pediu um fundo de direitos creditórios, ou seja, negociava títulos com esses fundos.
Por não cumprir as negociações, foi pedido pelo decreto de falência da empresa. Ainda conforme Alcides, em 2018 eles entraram com o pedido e, posteriormente, em 2022, decretaram efetivamente a falência da Cristal Blumenau. Atualmente, a empresa está abandonada, em ruínas.