A partir da escolha do tema, a Diretoria da Festa inicia os trabalhos para o 107º Círio. Imagem de Nossa Senhora da Conceição
Sílvia Vieira / g1
A Diretoria da Festa de Nossa Senhora da Conceição apresentou na noite deste domingo (8), no encerramento das festividades da padroeira da Arquidiocese de Santarém, no oeste do Pará, o tema escolhido para 2025: “Virgem Santíssima, Peregrina da Esperança!”. No último dia da Festa de 2024, houve procissão, missa solene, leilão, programação cultural e show pirotécnico.
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A Igreja Católica ensina que Maria, a Mãe de Jesus, é a “Virgem Santíssima”, título que sublinha sua pureza, santidade e, especialmente, sua virgindade perpétua. Essa doutrina está profundamente enraizada nas Escrituras e na Tradição da Igreja, sendo um elemento central da fé cristã, especialmente no que diz respeito ao mistério da Encarnação, daí a escolha do tema.
O primeiro fundamento para a crença na virgindade perpétua de Maria encontra-se na Sagrada Escritura, especialmente no evangelho de São Lucas. Quando o anjo Gabriel anuncia a Maria que ela será mãe do Salvador, ela responde: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem?” (Lc 1,34).
A pergunta, feita por Maria, demonstra claramente sua virgindade antes da concepção de Jesus, indicando que ela não havia se unido a um homem. A resposta do anjo, “O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra” (Lc 1,35), revela que a concepção de Jesus foi obra do Espírito Santo.
Em Isaías 7,14, encontramos uma profecia que aponta para Maria: “Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará pelo nome de Emanuel”.
O título de “Peregrina da Esperança” reflete o caráter da caminhada de Maria, não só como Mãe de Deus, mas também como uma fiel discípula.
O Papa Francisco, em sua Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (2013), afirma que Maria é uma “mulher que, com coragem e fé, caminha pela estrada da vida, confiando no Senhor” (EG, n. 288). A esperança de Maria não é passiva, mas ativa. É uma esperança que move, que guia, que nos impulsiona a seguir em frente. Ela é a “Peregrina da Esperança” porque em sua vida experimentou a espera messiânica e a ação de Jesus como fonte de todo bem.
A Arquidiocese de Santarém está em unidade com a bula pontifícia do Jubileu Ordinário proclamado pelo Papa Francisco para 2025, e destaca que a esperança encontra na Mãe de Deus, a sua testemunha mais elevada. Em Maria, a Igreja Católica vê que a esperança não é um efêmero otimismo, mas dom de graça no realismo da vida.
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