O caso da família que foi vítima de envenanemento por comer arroz com chumbinho em Parnaíba, no Piauí, ganhou mais um capítulo nessa terça-feira (21), com a morte de Maria Gabriela Silva, de 4 anos. Ela é a quinta vítima do crime, que tem como principal suspeito o padrastro dela, Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, que foi preso no dia 8 de janeiro.
Família comeu arroz com chumbinho durante almoço no dia 1º de janeiro – Foto: Freepik/ND
A informação foi divulgada pelo potal Metrópoles. Segundo o periódico, a criança estava internada, desde o dia 3 de janeiro, na UTI pediátrica do Hospital de Urgência de Teresina, mas não resistiu às consequências da substância e acabou morrendo.
Cinco pessoas já morreram após consumir arroz com chumbinho
Além da criança, a mãe, um tio e dois irmãos dela também morreram após consumir o alimento, preparado pela família no dia 31 de dezembro. Conforme laudo realizado pelo IML (Instituto Médico Legal), grandes quantidades de chumbinho foram encontrados em uma amostra de baião de dois (arroz com feijão).
Arroz com chumbinho causou na morte de cinco pessoas da mesma família – Foto: Antena10+/ND
Inicialmente, a investigação apontava para a presença do veneno no peixe, que havia sido doado por um casal à família. O laudo, porém, descartou essa a hipótese. As cinco pessoas, que morreram após consumir o arroz com chumbinho, são:
Maria Gabriela Silva, de 4 anos, filha de Francista, morta nessa terça-feira;
Francisca Maria da Silva, de 32 anos;
Igno Davi da Silva, de 1 ano e 8 meses, filho de Francisca;
Lauane da Silva, de 3 anos, filha de Francisca;
Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, irmão de Francisca.
Padrasto é o principal suspeito de envenenamento
A Polícia Civil do Piauí acredita que Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, seja o responsável por envenenar a comida oferecida à família no início de janeiro. A investigação chegou até ele após encontrar semelhanças no caso com a morte de outras duas crianças, Ulisses Gabriel e João Miguel Silva, de 7 e 8 anos, mortas em agosto de 2024.
Padrasto é o principal suspeito de ter envenenado família no litoral do Piauí – Foto: RomaNews/Antena10/ND
Os meninos também eram filhos de Francisca Maria da Silva e, à época, foi comprovado que a causa das mortes foi o consumo de cajus envenenados. A perícia encontrou vestígios de torbufós nas frutas, mesma substância existente nas amostras do arroz com chumbinho. Francisco, que foi preso em janeiro, nega que tenha cometido o crime.