O governo federal informou que vai reduzir de 20% para 15% o limite de alimentos processados e ultraprocessados do cardápio das escolas públicas. Em 2026, o limite de ultraprocessados na merenda será reduzido ainda mais, para até 10%.
Segundo o Ministério da Educação, o objetivo é oferecer alimentação mais saudável, nutritiva, com produção local e contemplando a diversidade alimentar do país.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar, responsável por esse monitoramento, atende 40 milhões de crianças e jovens em 150 mil escolas, que recebem diariamente 50 milhões de refeições diárias.
“Nossa dívida histórica com a educação é quase impagável em um século. Até o começo do século passado, ninguém se importava se criança tinha que ir pra escola. E isso justifica, quando a gente investe na alimentação escolar, porque ninguém consegue estudar com barriga vazia, , afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no evento sobre as novidades.
O ministro da Educação, Camilo Santana, disse que a nova proposta vai evitar, por exemplo, os altos riscos de obesidade devido à permissão da atual concentração de ultraprocessados na merenda.
De acordo com o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional 2023, do Ministério da Saúde, a cada sete crianças brasileiras, uma está com excesso de peso ou obesidade.
Isso significa 14,2% das crianças com menos de cinco anos, enquanto a média global é de 5,6%. Entre os adolescentes, a taxa é ainda mais alta e atinge 33% do total.
O programa também vai priorizar a compra da agricultura familiar, especialmente de mulheres agricultoras. A lei prevê que 30% dos alimentos comprados devem ser provenientes da agricultura familiar. Com informações da Agência Brasil