Polícia Civil conclui inquérito que apurava morte de adolescente durante briga com outro menor: ‘Não tinha intenção de matar e agiu para se defender’, diz delegado


Crime ocorreu no início deste mês, em Montes Claros, e o motivo da briga foi uma desavença por conta da venda uma roupa no valor de R$ 15. Inquérito foi enviado para a Vara da Infância e Juventude. Polícia Civil realizou entrevista coletiva nesta sexta
Francine Perácio/Inter TV
A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava a morte de um adolescente, de 16 anos, durante um desentendimento com outro menor, de 15, em Montes Claros. O crime ocorreu no início deste mês e o motivo da briga foi uma desavença por conta da venda uma peça de roupa no valor de R$ 15.
Em entrevista coletiva, realizada nesta sexta-feira (21), o delegado Bruno Rezende esclareceu que foram analisadas imagens de câmeras de segurança e as investigações apontaram que o adolescente não pretendia matar a vítima.
Adolescente morre após ser atingido por barra de ferro durante desentendimento com outro menor, em Montes Claros
“Fica claro nas investigações de que o adolescente [autor] foi, inicialmente, agredido pela vítima com golpes de pedra e socos. Além disso, as testemunhas e o pai do autor indicaram que eles conseguiram, preliminarmente, eliminar a briga, inclusive fazendo com que o adolescente [vítima] não ficasse de posse dessa pedra. Mas ele tenta se apoderar novamente da pedra e o menor [autor] vai na sua residência e pega um pedaço de ferro e arremessa. […] Ele não parte pra cima da vítima, mas quando percebe que o adolescente [vítima] vai tentar se apoderar da pedra para continuar as agressões, é que faz o arremesso. Segundo ele, não tinha intenção de matar e agiu para se defender”.
Polícia apreendeu barra de ferro que foi arremessada contra a vítima
Polícia Militar/Divulgação
João Victor Santos Gonçalves, de 16 anos, foi atingido na cabeça e morreu no local. Segundo o delegado, as investigações apontaram que os dois se desentenderam após a negociação da venda da roupa, que foi feita através do ciclo de amizade em comum.
“O autor teria desistido da venda da roupa e teria devolvido o dinheiro, o que teria causado na vítima essa indignação, feito com ele fosse até a porta da casa do autor, e antes de iniciar uma negociação, já o agride com pedradas na cabeça e socos”.
O delegado esclareceu que não havia nenhum tipo de desavença entre os dois adolescentes e eles não tinham envolvimento com atos infracionais. No dia dos fatos, o suspeito foi apresentado ao Ministério Público e foi decretada a internação provisória pelo prazo de 45 dias.
O inquérito da Polícia Civil foi enviado para a Vara da Infância e Juventude.
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